Texto do poeta Cancioneiro da Lua
Rio de Janeiro e Niterói
Aqui bem distante
Meu coração também dói
Eu já visitei o Rio de Janeiro
É aqui no Brasil
Fiquei feliz por ser brasileiro
Há muito já disseram os poetas que os barracões
“Pendurados nos morros sempre pediram socorro”
“Para as cidades aos seus pés”
Sempre pediram socorro e nunca socorreram
Na violência das tempestades
Os barracões moradias sucumbiram
Aquele prefeito com tanta calma
Encontrou excelentes justificativas
Olhando a correnteza de lama e no vale de lagrimas
O que dizer do governador
Nem sarcasticamente sorriu
Não assumiu sua culpa diante da dor
Já visitei o Rio de Janeiro
Lá têm das maravilhas do mundo, arranha-céus e riquezas
Encantos e belezas areoladas pela miséria e triste pobreza
Pelo pré-sal o governador chorou
Ninguém viu se chorou pelos barracos moradias que na encosta rolou
E a correnteza lamacenta sem cuidado para longe os levou
Não precisa dizer aos engenheiros e a outros da engenharia
Nas encostas daqueles morros não se deve construir moradias
Ao menos que eles desejam lá viverem com suas famílias
Que os governadores e prefeitos me respondam?
Bem cedinho ainda nesta manhã!
Aonde foi e aonde vai às arrecadações dos Maracanãs
Que me respondam os juízes e todos os seus legados
Que me respondam sem mistérios e sem gaguejado
Para que serve os seus títulos de magistérios e magistrados?
Com tantas denuncias corrente nos noticiários
É fácil perceber a inoperância bem articulada
Pelos poderes executivo, legislativo e do judiciário.
Autor: Moacir Cardoso da Silveira
Todos os direitos reservados.
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