sábado, 25 de abril de 2020

TRABALHADOR E O PELEGO

Quem me dera rever a minha terra
A onde passarinhos cantam alvorada
Voltar em tempos de outrora
E abraçar a primeira namorada

Me disseram na cidade grande
Tudo é lindo e muito belo
Vejo extremos das periferias
Viventes nas linhas do flagelo

Olhando o interior as vísceras
Não diferencias o branco do negro
Mas quando todos em suas vestes
Diferencias, trabalhador d'um pelego

Tempos de outrora a vida uma beleza
A terra fértil pujança e nobreza
Modernidade efeitos da tecnologia
Desmerecem os encantos da natureza

Há esperanças em breves tempos
Que tudo será bem diferente
Não pernoitem nas ruas'avenidas
Semelhantes em condições indigentes

Quem me dera rever a minha terra
A onde passarinhos cantam alvorada
Voltar em tempos de outrora
E abraçar a primeira namorada

Cancioneiro da lua