Texto do poeta Cancioneiro da Lua
Meu lamento
Não é meu o lamento
É o lamento da ânsia pela vida
É o lamento da mulher que chora
À criança estendida na rua
Pelo efeito das balas perdidas
Meu lamento
Não é meu o lamento
É o lamento da ânsia pelo desamor
É o lamento de quem tem a certeza
Que homens insensatos e cruéis
Destruirão os encantos da natureza
Meu lamento
Não é meu o lamento
É o lamento da ânsia pelo melhor viver
É o lamento do clamor popular
As massas sedentas em aprender
Barradas nos limites do vestibular
Meu lamento
Não é meu o lamento
É o lamento da ânsia pela paz
É de quem lamenta a insana hipocrisia
Tiranos cruéis promovem as guerras
Sob as condicionantes da democracia
Meu lamento
Não é meu o lamento
É o lamento da ânsia em crescer
É o lamento de toda civilização
Os senhores das leis não mudam
Não atualizam as velhas constituições
Meu lamento
Não é meu o lamento
É o lamento da ânsia da sociedade
É o lamento de quem almeja melhor futuro
Na esperança que um dia não teremos
Elevados tributos e altas taxas de juros
Autor: Moacir Cardoso da Silveira
Direitos autorais reservados
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