terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ARBUSTO ISOLADO NO CAMPO

Composição em 16/08/2008
Texto do poeta Cancioneiro da Lua

Em noite de Lua Linda, estremeci! Ao ver a Lua resplandecer sobre as matas, sobre os oceanos e mares, sobre os rios de águas cristalinas e cascatas. Então, encantado disse: Lua estou fascinado pela tua meiguice e exuberante beleza, eu que sempre me considerei um homem rocha indestrutível, agora estou balançando como o pendão do arbusto isolado no campo, sem resistir o vento que sopra dia e noite.

A Lua então me respondeu:

“Vem comigo, aqui do alto percebo o teu encantamento, nestas alturas, fico ainda mais lisonjeada, contemplo com mais intensidade de luz esta parte do universo. Siga a minha trilha, adentre minha alma e não faltará brilho em tua estrada e não sentirás mais frio e não balançarás mais com o soprar do vento”.

Perguntei? Lua me conhece? A Lua já indiferente sorriu sarcasticamente e disse, por que a indagação?

Balançando que estava pelo rigor do vento gelado, fui ao chão, contudo ainda contemplei a Lua e cantei:

Recebi o convite carinhoso
Para adentrar a tua alma
A tua indagação
O teu sorriso sarcástico
Desmanchou a minha ilusão

Discordo do poeta que disse
“Não adianta nem tentar novos caminhos”
“Quando é fácil construir a velha estrada”
O homem rocha desiludido
Desmanchou-se em rios de lagrimas

O arbusto isolado no campo
De tanto balançar com o vento
Aos poucos sucumbiu
Ao ver a Lua Linda sumindo
Desmanchou-se na noite com o frio

A Lua enternecida em sua grandeza
Brilhou com todo esplendor
Com a luz aconchegante do seu amor
Aqueceu-me com ternura
Recompondo esta infeliz criatura

Autor: Moacir Cardoso da Silveira
Direitos reservado

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