terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Maringa, 20 de janeiro de 2009

Editado por: Moacir Cardoso da Silveira

>Partindo-se de principios eternos e universal, não existem inocentes;

>A biblia na realidade foi editada com o proposito de possibilitar dominios das massas ignorantes que não possuem senso critico e sugere que se acredite no que está escrito para que assim vivam de joelhos e pedintes;

>Época de eleições em Israel, este estado nem sei se devo inserir alguma letra maúscula, pois eta povinho! em períodos de eleições o grau de violencia sempre fica mais acirrada nas regiões, pois que ta ligado diretamente à politica, religiôes e consequentemente aos ditames da biblia, tendo-se como hipocrisia que Deus esta sempre de um lado;

>Se um lider não morre numa batalha é que Deus estava do lado dele, mas se ele morre na outra batalha, daí então Deus estava do lado do outro;

>É mais ou menos o seguinte: Eu e voce discutimos por uma coisa banal, daí voce pega uma arma, uma machado, seja lá o que for e me estoura a cabeça eu morro com a cabeça estourada, logo Deus esta contigo, por que eu morri, voce foi o vitorioso perante Deus, mas vai daí que eu ressucito, e então acontece a mesma briga, daí sou eu quem te estoura a cabeça e voce morre, daí então eu sou o vitorioso por que Deus estava comigo! ora tenham a paciencia!;

>Tudo isto ainda acontece com aval e planejamento dos USA, como falei alguns dias, assim que o Marack Obama tomar posse israel recua, começaram ontem a retirada, lógico, a iniciativa tem que partir de israel, com os americanos na sombra;

>Devo paranabenizar o ilustre colunista Boaventura,pela matéria, onde revela vasto conhecimento historico, contudo vejo um certo protencionismos à politica dos americanos, todavia eles não são precursores deste estado de coisas pois que são milenares, porém à decadas são os administradores;

>No que pese a europa ter influencias significativas, mas ainda é os americanos pelo menos que aparecem como expoentes, isto é fácil entender, pois são eles os temidos pelo mundo todo, assim não fossem não seriam temidos, são influentes nos episodios atuais, quem invadiu o Kwate, quem atacou Sadam, e hoje se dizem arrependidos, e outras e utras guerras mais anteriores, a única diferença que vejo é que os atacados são os palestinos e os atacantes são os israelitas;

>Sugiro a quém possa me entender que não chore muito pelos povos daquelas bandas, quém não for de lá será melhor que se retire, se puder sair de lá que saia, estas pessos sim precisam de ajuda, ainda é possivel se viver em outras partes destes planeta, quanto a palestinos e israelitas não vejo solução, a não ser o isolamento, a menos que seja solucionados por forças superiores que estão além das nossas vistas e do nosso alcance;

>Tratados de paz à luz da politica americana é conversa pra boi dormir;

>Ai de nós, se tiverem eles a oportunidade, invadem-nos aqui e nos comem vivos, fazem farofa com a nossa propria farinha e com nosso óleo, bebem do nosso vinho e da nossa água cristalina e colocam nossas mulheres em arém, pois enquanto vitoriosos Deus estará do lado deles;

>Os ovos deles estão fritando, e quando acabar de vez o petroleo e isto não me parece muito distante, eles bem sabem disto, todo desespero já é por conta do fim do petroleo, então como ficaremos? Visto que nossos territorios latinos estarão ainda jorrando petroleo com abundacia e, ainda, quando se tornar verdade que o buraco da camada de ozonio esta se recuperando e os spreis e a fumaça do petroleo não são os principais responsaveis por isto? e agora José? quando a festa acabar, as historias da biblia não terão segnificancia diante destas coisas, Deus estará do lado de quem?;

>Se tivermos que falar de Deus, temos que falar de grandeza em toda extenção, e sobre todos aspectos, a única forma de expressar a grandeza de Deus, visto que ninguém conhece todos os aspectos quanto à grandeza de Deuas, pra isto ainda não temos dicernimentos, neste caso, Deus não se manifesta jamais em favor de quem dispara o canhão, enfia o punhal no peito do outro, explode a bomba em ato suicida pra ver o sangue alheio jorrar;

>Certamente Deus esta atento pra tudo que esta acontecendo no universo e as soluções para regularizar este planeta estão em curso, certamente não será dispensado a nossa colaboração, por mais urgente que estão sendo tomadas, ainda assim, anos ainda se passarão, pois o grau de atraso e inferioridade nossa é infinitamente grande, contudo não será esperado que todos fiquem num mesmo ponto,em mesmo nivel de adiantamento, o que posso entender, é que só de um plano superior partirá a regularização e remanejamento dos seres, a reorganização dos fenomenos terrestres, quer de ordem pscologicas, biológicas, climaticas e atmosfericas, assim, não devemos ficar a nos preocupar e ném mencionar muito o nome de Deus, devemos sim abrir os olhos e sempre estarmos prontos para atitudes coerentes com o que for melhor para todos, agora e para sempre, a parte de Deus é pré concebida.

>Abraços...

>Cancioneiro da Lua
Réquiem por Israel?

Boaventura de Sousa Santos

Data: 12/01/2009
Está ocorrendo na Palestina o mais recente e brutal massacre do povo palestino cometido pelas forças ocupantes de Israel com a cumplicidade do Ocidente, uma cumplicidade feita de silêncio, hipocrisia e manipulação grotesca da informação, que trivializa o horror e o sofrimento injusto e transforma ocupantes em ocupados, agressores em vítimas, provocação ofensiva em legítima defesa.

As razões próximas, apesar de omitidas pelos meios de comunicação ocidentais, são conhecidas. Em novembro passado a aviação israelense bombardeou a faixa de Gaza em violação das tréguas, o Hamas propôs a renegociação do controle dos acessos à faixa de Gaza, Israel recusou e tudo começou. Esta provocação premeditada teve objetivos de política interna e internacional bem definidos: recuperação eleitoral de uma coligação em risco; exército sedento de vingar a derrota do Líbano; vazio da transição política nos EUA e a necessidade de criar um facto consumado antes da investidura do presidente Obama. Tudo isto é óbvio mas não nos permite entender o ininteligível: o sacrifício de uma população civil inocente mediante a prática de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade cometidos com a certeza da impunidade.

É preciso recuar no tempo. Não ao tempo longínquo da bíblia hebraica, o mais violento e sangrento livro alguma vez escrito. Basta recuar sessenta anos, à data da criação do Estado de Israel. Nas condições em que foi criado e depois apoiado pelo Ocidente, o Estado de Israel é o mais recente (certamente não o último) ato colonial da Europa. De um dia para o outro, 750.000 palestinos foram expulsos das suas terras ancestrais e condenados a uma ocupação sangrenta e racista para que a Europa expiasse o crime hediondo do Holocausto contra o povo judeu.

Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada (daí, que a seguir a cada tratado de paz se tenha de seguir um ato de violação que a desminta); para consolidar a ocupação, o povo judeu tem de se afirmar como um povo superior condenado a viver rodeado de povos racialmente inferiores, mesmo que isso contradiga a evidência de que árabes e judeus são todos povos semitas; com raças inferiores só é possível um relacionamento de tipo colonial, pelo que a solução dos dois Estados é impensável; em vez dela, a solução é a do apartheid, tanto na região, como no interior de Israel (daí, os colonatos e o tratamento dos árabes israelenses como cidadãos de segunda classe); a guerra é infinita e a solução final poderá implicar o extermínio de uma das partes, certamente a mais fraca.

O que se passou nos últimos sessenta anos confirma tudo isto mas vai muito para além disto. Nas duas últimas décadas, Israel procurou, com êxito, sequestrar a política norte-americana na região, servindo-se para isso do lobby judaico, dos neoconservadores e, como sempre, da corrupção dos líderes políticos árabes, reféns do petróleo e da ajuda financeira norte-americana. A guerra do Iraque foi uma antecipação de Gaza: a lógica é a mesma, as operações são as mesmas, a desproporção da violência é a mesma; até as imagens são as mesmas, sendo também de prever que o resultado seja o mesmo. E não se foi mais longe porque Bush, entretanto, se debilitou. Não pediram os israelenses autorização aos EUA para bombardear as instalações nucleares do Irã?

É hoje evidente que o verdadeiro objetivo de Israel, a solução final, é o extermínio do povo palestino. Terão os israelenses a noção de que a shoah com que o seu vice-ministro da defesa ameaçou os palestinianos poderá vir a vitimá-los também? Não temerão que muitos dos que defenderam a criação do Estado de Israel hoje se perguntem se nestas condições - e repito, nestas condições - o Estado de Israel tem direito de existir?